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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Funcionar não significa bem feito (nem seguro)

"The Fabric of Clouds"
Foto himitsuhana (Chiara Fersini)


Estava lendo o blog do Jeff Atwood e encontrei este post:


"As a software developer, you are your own worst enemy. The sooner you realize that, the better off you'll be. In fact, that's the tipping point between amateurs and professionals in our industry: the professionals realize everything they write sucks."

O texto comenta sobre fazer as coisas bem feitas, ou resolver na base do "remendo" (gambiarras).

Logo adiante, um visitante deixou esse comentário bem pertinente:

"MarketGarden: That is why we do not hire programmers unless they have 5 years of experience. Its money well spent as we do not have to deal with any snot-nosed punks who think they know it all, but obviously do not."


Um pouco irônico, pois nem todos novatos são punks, muitos são da geração-saúde ou mauricinhos (risos).
Mas concordo com o tempo mínimo para alguém (na média de 99% do mercado) começar a ter condições de programar decentemente.

Isto não é ofensa para ninguém, pelo contrário. Se assim fosse, a faculdade de medicina liberaria todo mundo para fazer cirurgia cardíaca logo no primeiro ano, e o tempo de residência clinica deixaria de ser obrigatório.

Ninguém nasce sabendo. Eu também já fui novato. Eu também já quis ser expert em tudo que havia. Mas independente do meu talento natural precisei estudar e praticar, e nunca mais parei de me atualizar. Também precisei viver e conhecer as pessoas e tornar-me adulto. Tive como colegas vários profissionais muito bons, que foram meus mentores, e estimularam o gosto pela pesquisa, atualização e principalmente fazer seu serviço bem feito!

É necessário ter autocrítica. Claro que às vezes uma gambiarra resolve o problema. Mas ficar meses e meses empilhando remendos ao invés de reescrever o código que está errado é perda de tempo e dinheiro.

Escovar bits em excesso é uma coisa nem sempre necessária. Mas procurar trabalhar sempre com capricho e boas técnicas é essencial.

E principalmente, gostar de estudar.

Então:
Someone may tell me why in our country, every job advertisement ask for english but in 99,99999% nobody is able to talk with english with me, nor at interview, nor daily?

Tradução: Alguém me diga por que em nosso país, em qualquer anúncio de emprego pedem inglês, mas em  99,99999% das vezes praticamente ninguém da empresa é capaz de falar em inglês comigo, nem na entrevista nem diariamente?

Entendeu?

.'.
 

Criticas certas ou não, neste ou naquele bar

O blog esenhaem6.blogspot.com havia publicado um posto criticando o atendimento e qualidade dos produtos num conhecido bar da metrópole. Os donos do estabelecimento não gostaram da reclamação e pediram para tirarem.
Entram aí, a veracidade dos fatos, e até que ponto pode-se manifestar publicamente sem que a outra parte possa argumentar excessos.
Um dos autores do blog, é da revista Info, na qual saiu uma matéria sobre o assunto:
http://info.abril.com.br/noticias/mercado/blog-e-ameacado-por-criticas-a-bar-29092009-34.shl?2
Vários outros blogs publicaram manifestações a respeito, favoráveis ou não, como por exemplo, o http://www.contraditorium.com


Meu comentário a respeito:

Parece-me que esqueceram que cliente bem atendido, vai te indicar até dez outros clientes. Mas cliente mal atendido, vai falar para todo mundo, conforme forem seus contatos. Se o cliente é blogueiro, vai escrever comentário negativo sim.
Sobre o que teria sido a réplica pública dos proprietários do estabelecimento, eu pessoalmente achei ofensiva, pois primeiro credita ao "tamanho" do estabelecimento, seu maior peso, em detrimento da qualidade.
Poderiam ter usado a tradicional resposta "lamentamos o ocorrido e estamos verificando para poder solucionar eventuais problemas e continuar atendendo bem nossos clientes..." só que não foi isto.
Eu já fiz comentário negativo de estabelecimentos no Orkut, em comunidades com mais de 20.000 membros e ninguém sequer cogitou de tentar negar, pois os locais (alguns dos melhores restaurantes de Porto Alegre), eram sabidamente pontos de problema semelhantes.
Claro que a intenção não é denegrir a imagem de ninguém, como o Arthur Cavalcante comentou. Em pleno século XXI, comentários deixam de ser apenas da pequena esfera pessoal. Pessoas utilizam sites de relacionamento, blogs, etc, para manifestar suas impressões e trocar idéias com seus conhecidos.
Mas também, é claro, não se pode falar qualquer coisa. Liberdade de expressão não significa libertinagem. É necessário responsabilidade, algum estilo e elegância ou humor, para falar sua opinião. E também estar preparado para opiniões contrárias.
Mas quando se fala a verdade, a minha recomendação para evitar incomodação com advogados prontos a ganhar um dinheirinho lhe importunando, é evitar a afronta muito direta. Pode-se elogiar serviço com ironia e humor, por exemplo.
No final, todos entendem a mensagem. Quem não quiser entender, ou mudar, azar.
O que não podemos mais é permitir que maus prestadores de serviço imponham-se por causa do seu poder economico, nem que qualquer um fale qualquer coisa sem uma adequada argumentação.

As batalhas, não são entre armas. Mas entre idéias.

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Leia outros artigos clicando nas tags abaixo:

Dize-me o que vestes e direi quem te manda

O Adriano Silva, da Exame, escreveu um interessante questionamento sobre como as empresas controlam ou não a maneira de vestir de seus funcionários. Este controle muitas vezes vai a extremos.

Meu comentário publicado no artigo "Sua corporação é control freak? ":



Modo irônico = ON.

Outra imensa bobagem! O que tem de errado em uniformizar o pensamento dos "empregados" se estes são pagos para trabalhar e fazer o que a empresa manda? Calem a boca, não pensem e fazem o que mandamos! Pagamos pela sua vida! Obedeçam nossas neuroses autocráticas!

Produtividade é fazer o que tem de fazer. Pensar é para quem é pago para "pensar" em como fazer o que o Deus-Chefão-Todo-Poderoso quer.

O resto deve cumprir ordens, ficar com a bunda na cadeira e nada de perder tempo com coisas absurdas e improdutivas!

De preferência devem baixar a cabeça e só trabalhar e não devem nem respirar pois estão sendo pagos para trabalhar (escutei isto recentemente de um gerentão nacionalmente famoso até sair da empresa nacionalmente famosa)...

Máquinas paradas não produzem! Pás encostadas não cavam! Com certeza o mesmo vale para qualquer atividade que a "peonada" tem que fazer.

Qual a diferença entre fazer força nas máquinas ou empurrar o teclado para fazer o computador funcionar?

Ora, dizem até que "estudamos em Universidades de Alto Nível", "somos superiores a essa gente toda"...

Habilidades, histórico profissional, talento, nada disto importa.

Para os atuais senhores de engenho e suas mesmas velhas e mimadas idéias, a grande Senzala Virtual continua sendo seu território.

Quem discorda, ou vai para o tronco ou é atirado embora. E sempre perseguido com certeza pelos cães e seus capatazes.

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