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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Dinossauros Atletas e Jovens Decrépitos

Foto: Karen Ilagan

Maturidade pessoal, profissional e empresarial seria apenas o tempo ou o conhecimento? E a sabedoria onde entra?

Aos mais experientes, tanto quanto para os mais novos, é necessária atualização constante. Assim como em qualquer outra profissão, é necessário procurar estar em dia.

Tecnologia da Informação (T.I.), com sua enorme diversidade, possui constantes mudanças e também, novos caminhos que poderão ser trilhados.

Ainda a velha tela caracter dos anos 70-80.
As pessoas, especialmente os menos experientes (e digo que podem ter décadas de inexperiência... risos...), às vezes simplificam tanto, que acham que por ter o título de dinossauro, eu seja apegado de alguma forma ao passado.

Olha, se fosse saudosista, eu usaria cartão perfurado ou seria fã de editores de texto como o VI.

Sou dinossauro pelo tempo apenas. Lá nos anos 70 já tínhamos o sonho de ter computadores que facilitassem o trabalho. Fazer a máquina trabalhar mais para nós e não o contrário.

Vou deixar bem claro: acho muito legal mainframes pelo seu imenso poder de processamento, mas não tenho nenhuma saudade de cartões perfurados, linhas de texto; Muito menos dos discos magnéticos de 25 Kg!

Bolas! Passamos a vida estudando, buscando aprimorar a qualidade e produtividade para ficar usando carrinho de mulas? Isto quando já existem veículos motorizados? E por quê? Por causa de alguns que acham lindo usar coisas pré-históricas?

Telas gráficas facilitaram muito o trabalho.
Mas tem quem prefere arcaicas linhas de comando...
Porque eu vou deixar de usar editores que me proporcional dezenas/centenas de vezes mais agilidade e produtividade? É um exemplo simples, mas quando vejo os mais novos usando ferramentas e métodos de trabalho que faz décadas são improdutivos, de pouca qualidade ou baixos resultados, me pergunto aonde irão chegar se já começam pela velhice senil.

Aprendizado em TI, em minha opinião, não é acumular tecnologia. É estar sempre caminhando para frente. "Decoreba" não é aprendizado. Devem-se dominar os conceitos.
 
E para os mais novos, é necessário praticar sim. Ninguém começa por cima. Assim como o confeiteiro melhora botando a mão na massa, todos os dias, as práticas aliadas ao estudo continuam que vai dar a bagagem para encarar as tarefas.

Software, computação, tem que trazer resultados práticos reais. Antes de chamar alguém de vovô façam um programa de alta performance, que use bem os recursos e forneça ótimos resultados. Festival de efeitos visuais e "coisinhas" piscando na tela são bonitos para videogames. 

Busquem criar algo que consiga fornecer recursos para análise ou demonstração ampla da informação. Por exemplo, vejam o artigo "Meditaçao Empresarial - Sementes de Pontos de Vista". A foto final mostra muito mais do que qualquer gráfico multidimensional. E é bonita para a alma, estimula a criatividade e ajuda o desenvolvimento da consciência.

E como falei de videogames, lembrem que estes precisam ter uma excelente qualidade técnica, alta performance e criatividade. Ou seja: tem que saber o que faz e dominar isto. E não é só a técnica, mas conhecer as pessoas, os usuários, os seres humanos que vão interagir com o programa.

A maturidade da empresa vai ocorrer quando esta deixar de ser um celeiro protetor de práticas que não funcionam mais. Ou um local de técnicas velhas que apenas mudaram de nome.

Maturidade empresarial vem quando existe a consciência interior de que precisa ser um lugar aonde exercer e ter opções reais de aprendizado e evolução deve ser em todos os níveis..



Honeywell Information Systems Series 6000 mainframe computer system 1973
Foto Jack Mulligan

Deparo-me a todo o momento com pessoas que estão nos seus primeiros anos de profissão e continuam programando exatamente igual ao que faziam no início, cinco ou dez anos atrás (desculpem o pleonasmo... rssss). Não aprenderam nada! Podem até ter a ferramentinha da moda para desenhar algum diagrama, mas a maneira de trabalhar continua a mesma.

Deparo-me também, a todo o momento, com pessoas com longo tempo de trabalho, mas que só usam internet para e-mail pessoal, da empresa e olhe lá. Mas muito raramente eu as vejo entrarem num site técnico, num fórum de debate de TI, pesquisar algoritmos ou tecnologia que possam lhes trazer ganhos no aprendizado profissional.

A maturidade deve ser buscada por todos. Deparo-me todo tempo com pessoas de pouca idade, mas com a confortável mentalidade de velhos, sem iniciativa, mas que se consideram donos da bola, do campo, do apito, são o principal jogador e o próprio juiz!

Maturidade não é idade. É nível de consciência. É ser capaz de um pensamento completo por si só e ser responsável por seus atos, de forma a elaborar e executar com qualidade, produtividade e inovação. Maturidade é o pensamento consciente que vai gerir novos frutos e saber dar-lhes o necessário cuidado, desde a semente, passando pelas diversas fases.

Em cada estágio do que fazemos é necessário tanto o conhecimento e a experiência, quanto o impulso e a vitalidade para as atividades necessárias. Deparo-me a todo tempo com velhos arcaicos e retrógrados, aos vinte e poucos anos!

E são muitos, infelizmente. Deparo-me a todo tempo com empresas que pensam que é um trabalho escolar. Iniciativa é algo que ou a pessoa tem ou não tem e precisa desenvolver.


Foto: Claudio Zeiger

Maturidade é algo que a empresa vai ter quando tiver a visão e o nível de ação que se espera de quem esteja consciente de si, dos demais, do que representa e do caminho a seguir.

Só então começará a atuar de forma mais integral, com qualidade e produtividade, proporcionando satisfação e a realização da sua atividade de forma mais equilibrada e capacitada de continuar atuante e com vistas ao futuro.



.'.

1 comentário:

Gilberto Strapazon (Gilbertopb - Sw. Prabuddha) disse...

Mainframes são historicamente o grande nucleo da computação. Ganha-se espaço, acumula-se capacidade de processamento.
Mais recentemente, em pleno Século XXI, ainda vemos o pensamento de que pequenas máquinas empilhadas aos milhares poderiam fazer tudo.
Acho que tem a ver com a nova cultura do PC em cima da mesa. Tem suas vantagens, mas numa escala de milhares, não é prática.
Temos também a cultura de jovens que acham "bonito" certos antigos conceitos e ao invés de trazerem junto o imenso potencial de processamento, apegam-se aparentemente, ao romantismo de algumas coisas que já nos anos 70 sonhavamos em deixar de usar.
Precisamos focalizar na capacidade de usar a tecnologia de forma adequada, de forma ampla e com vistas a libertação dos imensos potenciais humanos.
Mainframes são computadores realmente de peso. E não meros brinquedinhos.


http://www.baguete.com.br/noticias/15/05/2012/ibm-vamos-voltar-ao-mainframe